Perguntas Frequentes sobre Psicologia Cognitiva e Neurociência
Muitas vezes ouço as mesmas perguntas sobre Neurociência e Psicologia cognitiva. Essa é a razão de eu ter, de forma sucinta, colocado algumas das perguntas mais frequentes, com suas respostas. Não é um texto com nenhuma pretensão acadêmica. Este texto tem um público mais amplo. O texto longo vai estar no blog da UX Change Academy logo mais. Assim que, não se exaltem.
1 – Se cada indivíduo possui um mapa cognitivo característico, como podemos desenvolver produtos digitais que levem em consideração padrões cognitivos? Todos nós temos mapas mentais diferentes, desenvolvidos através das nossas experiências desde a mais tenra idade até o momento, mas vivemos na mesma sociedade, com as mesmas regras e formas de fazer as coisas. É possível saber o que e como pensam pessoas em relação ao consumo de algo/produto através da Técnica de Levantamento de Mapa de Oportunidades.
2 – Qual a diferença entre neurociência cognitiva e Psicologia Cognitiva? Na Neurociência Cognitiva os experimentos e explicações vem do uso de ferramentas de extração de dados de Neurociência (eye-tracking, IMRf, etc) e na Psicologia os experimentos são comportamentais.
3 – Para nos aprofundarmos mais no tema de psicologia cognitiva e design, o que você indica que podemos estudar/focar? Há diversos livros de Psicologia Cognitiva pura, mas são mais áridos de ler. Comece por Designing with the Mind in Mind, de Jeff Johnson.
4 – Existem vieses cognitivos? Se sim: Quais são eles? Existe diferença de setores? Por ex: pra um marketplace temos X vieses…já pra área de banco, temos Y vieses. Existem, são muitos. Recomendo olhar a bibliografia que está aqui . Sua pergunta dá margem para uma resposta longa, porque qualquer coisa do tipo: Banco = estes vieses é simplista demais. O que existe é um contexto de escolha, é a partir desse lugar que olhamos cada viés.
5 – Como o nosso sistema “rápido – primitivo” e “devagar – complexo” interfere na experiência? Como nós designers conseguimos obter proveito desses sistemas a fim de melhorar nosso design? O rápido é aquele que atua com mais força e de forma mais invisível, porque gera comportamentos e ações com maior frequência. Sabendo quais são, você pode usá-los. Leia Neuro Web Design da Susan M. Weinschenk
6 – Quando aplicamos conceitos cognitivos na construção do nosso design, existe diferença entre site, software e aplicativo? Não existe, porque gente é gente.
7 – Existem Leis para a psicologia aplicada ao UX design? Existem sim! Leia Leis da Psicologia Aplicada ao UX Design
8 – A Lei de Jakob diz: “Os usuários passam a maior parte do tempo em outros sites. Isso significa que os usuários preferem que seu site funcione da mesma maneira que todos os outros sites que eles já conhecem.”. Desta forma, como defender o design e a inovação? As pessoas incorporam processos e repertório de ícones de outros sites ao longo do tempo, e eles passam a fazer parte do Sistema 1 (rápido) que é onde reside o Modelo Mental deles. Inovar significa atender aquelas pessoas cujo modelo mental é diferente e/ou mais sensível. Para ultrapassar o “Abismo” de produtos e conseguir que uma inovação tenha sucesso você tem as seguintes possibilidades: 1) o produto atende a uma necessidade não verbalizada e/ou detectada por uma grande maioria, pois essas pessoas ainda não foram afetadas pela mudança da sociedade e da forma de fazer as coisas. Exemplo: uso de celular e da Internet; 2) Você educa as pessoas a usar essa coisa nova e educa as crianças a usar essa coisa nova. Exemplo: escova e pasta de dentes no Século XX (mais precisamente 1935).