Uma pergunta recorrente e, ao mesmo tempo, uma observa\u00e7\u00e3o recorrente nas minhas andan\u00e7as pelas empresas \u00e9 o desconhecimento da real natureza dos Testes AB.<\/p>\n
\u00c9 muito comum eu ouvir relatos onde a pessoa diz: \u201cestamos fazendo um teste AB. O pessoal fez duas vers\u00f5es de tela e me pediu (a pessoa sendo de UX Research) para ver qual das duas telas agrada mais.\u00a0 Eu entro em p\u00e2nico. Juro!\u00a0 Este tipo de atividade n\u00e3o \u00e9 Teste AB. \u00c9 um teste de conceito, t\u00edpico daquela fase de idea\u00e7\u00e3o, onde o designer tem muitas ideias diferentes para resolver um \u00fanico problema e resolve torna-las tang\u00edveis atrav\u00e9s de telas, storytelling, navega\u00e7\u00f5es diferentes em prot\u00f3tipos de baixa fidelidade (papel ou preto e branco no Figma.\u00a0 A compara\u00e7\u00e3o de ideias diferentes \u00e9 chamada de Teste de Conceito, e tem por finalidade apresentar op\u00e7\u00f5es de solu\u00e7\u00e3o e verificar qual delas est\u00e1 mais apta a atender o p\u00fablico-alvo do produto.\u00a0 \u00c9 um teste qualitativo. <\/em><\/p>\n Imagino que o leitor esteja se perguntando: mas ent\u00e3o, qual a diferen\u00e7a com um Teste AB, onde eu comparo op\u00e7\u00f5es de solu\u00e7\u00e3o de um problema?\u00a0 A diferen\u00e7a s\u00e3o muitas coisas. Em primeiro lugar, a necessidade de testar vers\u00f5es nasce de um problema de neg\u00f3cios, ou seja, algum KPI n\u00e3o est\u00e1 sendo atingido, sejam vendas fechadas e pagas, sejam formul\u00e1rios enviados. Algo vai mal!<\/p>\n A seguir, as vers\u00f5es nascem de hip\u00f3teses de como solucionar o problema, e como todo site tem m\u00faltiplas vari\u00e1veis para controlar, devo isolar essas vari\u00e1veis para verificar o que devo solucionar. Exemplo: se tenho problemas de Bounce Rate, certamente tenho pelos menos duas var\u00e1veis para isolar \u2013 a comunica\u00e7\u00e3o e a home do site. Vou ter que testar a melhoria nas duas pontas, isoladamente, para resolver o problema.<\/p>\n Por \u00faltimo, e talvez o ponto mais importante seja, que as varia\u00e7\u00f5es podem ser de natureza de design (cor, forma, fonte, etc), mas o que importa de verdade \u00e9 se a vers\u00e3o B ou C gera mais vendas fechadas ou formul\u00e1rios completos enviados ou n\u00e3o, se \u00e9 melhor que o original A.<\/p>\n E como o Teste AB \u00e9 um teste de muita responsabilidade, n\u00e3o h\u00e1 achismo!\u00a0 Tem que ter valor estat\u00edstico, porque se B gera mais vendas, o modelo estat\u00edstico apresentado pela ferramenta tem que (tem que) indicar que, se o que aconteceu no teste se tornar real, vai dar certo. Isso exige que os n\u00fameros obtidos no teste sejam estatisticamente v\u00e1lidos e acima de 95%, por exemplo.<\/p>\n Outra coisa para pensar \u00e9 que, se a vers\u00e3o B \u00e9 cara ou demorada de implementar, porque pode ser que isso aconte\u00e7a e, mesmo sendo mais legal (por assim dizer), n\u00e3o seja aprovada pelos executivos respons\u00e1veis pela sa\u00fade financeira da empresa.\u00a0 J\u00e1 num teste de conceito, como tudo est\u00e1 na fase de prot\u00f3tipo, o desgaste financeiro \u00e9 quase zero.<\/p>\n Quer saber, mais?\u00a0 Venha fazer nossos Cursos!!<\/p>\n